...e com o espírito virado para o lado social, humano e solidário, quero falar-vos de uma SMS que recebi há dias no meu telemóvel. Dizia o seguinte:
“Olá sou o Raul tenho 4 anos e tive a infelicidade de nascer só com um pulmão. Para sobreviver preciso urgentemente de uma máquina para ter respiração assistida. Preciso da tua ajuda. Não me ignores por favor. Para me ajudares envia esta SMS ao máximo número de pessoas possíveis e a Vodafone contribui com 1 cêntimo. Fácil é ler esta SMS. Dificil é enviá-la. Obrigada!”.
Conheço quem ma enviou e sei que é um ser-humano fantástico, com muita sensibilidade, dotada de valores morais e sociais muito nobres e até potenciados pelas "partidas" que a vida lhe tem pregado, daí que nem tenha hesitado em participar neste movimento solidário.
Também eu quando a recebi, senti um aperto no coração pelo Raul e até alguma raiva pela má sorte com que nasceu.
Mas tive de parar para pensar pois na época natalícia acabada de terminar tinham-se instalado na minha mente algumas questões sobre os movimentos de solidariedade que achei demasiado mediáticos e pior que isso, aproveitados por terceiros com fins duvidosos (e nem falo só da vaidade no fazer tilintar da moeda ao dar a esmola).
Por isso a primeira questão.
Não sobra tão pouco para o Raul atendendo ao custo médio de uma SMS?
Por cada cêntimo quanto ganharia a Vodafone?
Não haveria outra forma de fazer chegar ao Raúl a maior parte ou até todo o valor?
Não tenho respostas. O que sei de verdade é que, e partindo do principio que a Vodafone oferece o tal cêntimo por SMS, mesmo sem saber o valor da máquina que imagino cara, serão precisas imensas SMS para salvar o Raul.
Mas continuo a ter perguntas.
Como controla a Vodafone isto para saber quantas SMS tem de converter em centimos? Espreita os conteúdos delas? O meu número nem é dessa rede e muitas que enviaria também não seriam para ela. Neste momento já questiono até se o Raul existe mesmo.
Começo a lembrar-me também das SMS solidárias a 60 cêntimos que alguns canais de televisão promoveram este Natal ...mas 10 cêntimos ficavam de fora. Afinal a solidariedade não era feita por todos os intervenientes no processo e alguém lucrou uns largos milhares, é só fazer as contas. Mas adiante e voltando à SMS.
Quem promove isto? Quem é que se aproveita das pessoas com bom coração, de boa fé e sempre prontas a ajudar (que acredito por causa disto sejam cada vez menos)?
Não será que isto merece ser meditado e até investigado?
E onde está o dinheiro que o Estado nos suga com cada vez mais impostos e diz que parte dele é para a saúde dos seus cidadãos e apoio particularmente às classes menos favorecidadas, idosos, crianças e menos válidos? ...(recuso-me a dizer deficientes).
E se houver crimes de abuso e aproveitamento destes movimentos, onde está a investigação destes actos que a confirmarem-se são crimes muito graves?
E há mais na minha mente.
Há anos que vejo publicitado nos jornais e secção de emprego um anúncio com o título “Ganhe dinheiro em casa a dobrar circulares”. Sabem o que diz? Pede para enviar dinheiro/sêlos CTT para resposta e essa resposta diz agora faz o mesmo! Eu sei e denunciei, e muitos outros terão feito o mesmo... mas lá continua impune.
E os Emails que tantas vezes recebemos sobre correntes de amizade, com chantagem psicológica que se não respondes não és amigo. E os de sorte/azar se não enviares "x" emails a "y" pessoas num tempo "z". Realmente quem não gosta de ter boas amizades, ser feliz, realizar desejos, ganhar dinheiro, deixar-se seduzir por palavras lindas e/ou coisas de sonho? Mas não é isto chantagem emocional também?
Mais uma vez... quem promove isto?
Há quem o faça de boa fé e inspirando-se por imitação, mas a maioria tem origem em estratagemas de markting sem escrupulos para nos apanharem os endereços de email que mais tarde vão usar como mailing lists para encherem de lixo publicitário as nossas caixas de correio electrónico.
E pronto... Já chega de desabafos mas como para além de trabalhar nisto e ser um defensor destes meios cibernéticos, quero deixar o alerta com o intuito de prevenir os incautos e envergonhar e desmascarar os autores.
E em nome do prazer e do verdadeiro sentido das palavras que tanto aprecio e agora uso, peço meditem e se concordarem comigo, impeçam e divulguem estas embustes ...para não usar adjectivos mais desagradáveis.
“Olá sou o Raul tenho 4 anos e tive a infelicidade de nascer só com um pulmão. Para sobreviver preciso urgentemente de uma máquina para ter respiração assistida. Preciso da tua ajuda. Não me ignores por favor. Para me ajudares envia esta SMS ao máximo número de pessoas possíveis e a Vodafone contribui com 1 cêntimo. Fácil é ler esta SMS. Dificil é enviá-la. Obrigada!”.
Conheço quem ma enviou e sei que é um ser-humano fantástico, com muita sensibilidade, dotada de valores morais e sociais muito nobres e até potenciados pelas "partidas" que a vida lhe tem pregado, daí que nem tenha hesitado em participar neste movimento solidário.
Também eu quando a recebi, senti um aperto no coração pelo Raul e até alguma raiva pela má sorte com que nasceu.
Mas tive de parar para pensar pois na época natalícia acabada de terminar tinham-se instalado na minha mente algumas questões sobre os movimentos de solidariedade que achei demasiado mediáticos e pior que isso, aproveitados por terceiros com fins duvidosos (e nem falo só da vaidade no fazer tilintar da moeda ao dar a esmola).
Por isso a primeira questão.
Não sobra tão pouco para o Raul atendendo ao custo médio de uma SMS?
Por cada cêntimo quanto ganharia a Vodafone?
Não haveria outra forma de fazer chegar ao Raúl a maior parte ou até todo o valor?
Não tenho respostas. O que sei de verdade é que, e partindo do principio que a Vodafone oferece o tal cêntimo por SMS, mesmo sem saber o valor da máquina que imagino cara, serão precisas imensas SMS para salvar o Raul.
Mas continuo a ter perguntas.
Como controla a Vodafone isto para saber quantas SMS tem de converter em centimos? Espreita os conteúdos delas? O meu número nem é dessa rede e muitas que enviaria também não seriam para ela. Neste momento já questiono até se o Raul existe mesmo.
Começo a lembrar-me também das SMS solidárias a 60 cêntimos que alguns canais de televisão promoveram este Natal ...mas 10 cêntimos ficavam de fora. Afinal a solidariedade não era feita por todos os intervenientes no processo e alguém lucrou uns largos milhares, é só fazer as contas. Mas adiante e voltando à SMS.
Quem promove isto? Quem é que se aproveita das pessoas com bom coração, de boa fé e sempre prontas a ajudar (que acredito por causa disto sejam cada vez menos)?
Não será que isto merece ser meditado e até investigado?
E onde está o dinheiro que o Estado nos suga com cada vez mais impostos e diz que parte dele é para a saúde dos seus cidadãos e apoio particularmente às classes menos favorecidadas, idosos, crianças e menos válidos? ...(recuso-me a dizer deficientes).
E se houver crimes de abuso e aproveitamento destes movimentos, onde está a investigação destes actos que a confirmarem-se são crimes muito graves?
E há mais na minha mente.
Há anos que vejo publicitado nos jornais e secção de emprego um anúncio com o título “Ganhe dinheiro em casa a dobrar circulares”. Sabem o que diz? Pede para enviar dinheiro/sêlos CTT para resposta e essa resposta diz agora faz o mesmo! Eu sei e denunciei, e muitos outros terão feito o mesmo... mas lá continua impune.
E os Emails que tantas vezes recebemos sobre correntes de amizade, com chantagem psicológica que se não respondes não és amigo. E os de sorte/azar se não enviares "x" emails a "y" pessoas num tempo "z". Realmente quem não gosta de ter boas amizades, ser feliz, realizar desejos, ganhar dinheiro, deixar-se seduzir por palavras lindas e/ou coisas de sonho? Mas não é isto chantagem emocional também?
Mais uma vez... quem promove isto?
Há quem o faça de boa fé e inspirando-se por imitação, mas a maioria tem origem em estratagemas de markting sem escrupulos para nos apanharem os endereços de email que mais tarde vão usar como mailing lists para encherem de lixo publicitário as nossas caixas de correio electrónico.
E pronto... Já chega de desabafos mas como para além de trabalhar nisto e ser um defensor destes meios cibernéticos, quero deixar o alerta com o intuito de prevenir os incautos e envergonhar e desmascarar os autores.
E em nome do prazer e do verdadeiro sentido das palavras que tanto aprecio e agora uso, peço meditem e se concordarem comigo, impeçam e divulguem estas embustes ...para não usar adjectivos mais desagradáveis.
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