segunda-feira, 23 de maio de 2011

Filhos da mãe... (ou como denunciar o acordo ortográfico)

Enquanto almoçava passou uma noticia sobe a (In)utilidade dos manuais escolares que não cumpram o novo acordo ortográfico.
Indignado, pensei de imediato: Estamos tesos mas lá vem mais um impiedoso ataque ao nosso bolso. Mas depois pensei melhor, e a minha indignação sobre o porquê de um novo acordo ortográfico já era bem maior do que a primeira.
E diz-se “novo” porque já houve outros, mas este é de longe o que mais revolta me causa. Uma revolta provocada por este “render” de identidade, e que essa sim, é que está em perigo com este nosso jeito submisso de estar, e que agora com esta crise ainda está mais evidente. Só que, como continuo a acreditar não ser esta a característica deste outrora grande povo, não me rendo, antes pelo contrário, aqui estou a manifestar o meu desagrado.
E falar do povo português é falar da sua maior e melhor identidade – a sua lingua...
Mas parece que ninguém quer saber dela – melhor -, só nós mesmo, porque os outros querem, particularmente os Brasileiros - mas da pior maneira.
Os Espanhóis nunca aceitariam um acordo destes para os obrigar a falar como os Argentinos. Os Bascos, mesmo sendo perto de duas centenas de milhar a falar Basco, nunca desistiram de lutar pela sua língua e agora tem a língua Basca como oficial no seu pequeno "país".
Só nós mesmo para chegarmos a este triste estado que nos retirou o vigor de outrora, e de chapéu na mão e de vénia em vénia, vamos oferecendo tudo - até a “mãe” língua -, deixando que um filho da mesma mãe chegue quase ao ponto de cometer incesto.
Como Latinos de origem, e mais não seja por isso mesmo, porque permitimos que nos afastem dos outros?
Estar-mo-nos a afastar da língua de biliões de pessoas para ficarmos mais próximos dos Brasileiros é um disparate, e mais disparate ainda é eles mesmo se quererem afastar.
Porquê dificultar a vida a quem quer aprender Português e tornar a língua mais dificil de apreender?
Reparem no seguinte exemplo:
Em Português "Actor"
Em Latim "Actor"
Em Francês "Acteur"
Em Espanhol "Actor"
Em inglês "Actor"
Em alemão "Akteur"
Em Brasileiro "Ator"
(mais exemplos em imagem no final do post)
Porque carga de água estamos a fugir das origens e de uma boa parte do mundo, para ir atrás dos Brasileiros? E eles mesmo querem ir para onde? E mais... Será que merecem? Reparem como nos abandonaram neste crise...
E o resto dos PALOP?
Quando será que Angola também vai querer um acordo?
Estou bué de chateado com isto... (é verdade, o “bué” e afins africanos, também já cá “cantam”).
Para mim chega.
Na minha vida profissional já levo com Brasileiro até dizer chega por via da maioria dos programas serem em Português-BR e não em Português-PT.
Se há dois “Português”, assim seja, mantemos o -PT e o -BR separados... e cada um que siga a sua vidinha.
O futuro há de deletar um, ou então fazemos um enquete, um ato que provávelmente desatará estes laços, mas nada de passar a mão pelo pelo dos brasileiros.
A última frase foi escrita conforme o acordo e é estranha, insípida, confusa e imperceptível, mas vai ser a última, pois nunca me sujeitarei a ele - mal por mal, prefiro escrever sem pontuação.
E vejam a diferença da falta de pontuação... numa simples frase que lanço em jeito de repto sobre o acordo... ( ai se eu dizia "reto" ) - ía reto ao reto dos Brasileiros :).
Se disser: “Não queremos saber”, é completamente diferente de dizer: “Não, queremos saber”.
E queremos saber ou não?
Eu quero, e se quiser também assine esta petição que se encontra alojada na internet no site Petição Publica que disponibiliza um serviço público gratuito para petições online.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

VisualMente

Na senda da paixão manifestada no post " Com (sentindo) as palavras... ", eis-me feito por elas, moldado pelas emoções que me transmitem, e colorido pelo que me provocam nos sentidos...