Este fim de semana a minha “parvónia” ficou quase deserta por via de um acontecimento futebolistico único.
Já gostei de futebol mas uma passagem pelos meandros do dito provocou.me um enjoo tal que deixei de fazer parte desse "tribalismo" e como tal fiquei por cá a vigiar os ladrões .
Realmente foi uma sensação estranha e ao mesmo tempo deliciosa e me fez recuar no tempo... aquele tempo em que a calma era o estado normal, o stress ainda não tinha feito a sua aparição, os estacionamentos abundavam e nada estava superlotado.
Este regresso às memórias de outros tempos, que embora não muito distantes cronológicamente me pareciam ter sido à uma eternidade, fizeram-me querer sentir na pele este recuar momentâneo no tempo e a oportunidade única para o sentir da forma mais real possível.
Foi assim que surgiu a ideia de ir recordar o “beber um copo” de outros tempos num local emblemático e praticamente único da minha juventude, um bar ainda resistente no meio de um “vai-vem” infernal que hoje é o aparecimento e desaparecimento de bares conforme a onda de uns quantos lideres que levam o resto da trupe consigo.
Para meu espanto, o local mantinha ainda muitos vestigios da “traça” como o conheci, estava com uma lotação muito razoável o que confirma a minha opinião sobre o abandono dos jovens pelos acontecimentos futeboleiros, e apesar da faixa etária dos frequentadores ser menor da dos da altura, fiz uma deliciosa e instantânea viagem no tempo.
Depois de instalado num local mais tranquilo e menos barulhento (os meus gostos musicais são como os meus tímpanos... muito sensíveis às mudanças), lá percebi que as espumas daquela poltrona não tiveram comtemplação com a quantidade de rabos que as aconchegaram, mas lá suportaram o meu mesmo fazendo gemer as lombalgias que a idade me presenteou “ad eternum”.
Recomposto do desconforto, do choque das memórias e das diferenças entreguei-me à minha típica e indelével forma de ser/estar – observar.
Foi aí, que mesmo sem a menor intenção, sintonizei-me na conversa vizinha, uma mesa composta por 6 “chavalitos”, (4 chavalos e duas chavalas) uns pelos outros a rondar os quinze anitos.
Mas a conversa era era de vinte ou trinta... ou até sem idade, mas naqueles chavalitos ainda a lutar com a acne é que não esperava fosse.
Não sou nada conservador e muito menos retrógrado mas ao ouvir aquilo tudo e conjugar com a repetida mas presente vaga de distribuição de preservativos nas escolas, fiquei super interessado e absorvi tudo.
Dizia um deles:
“a minha namorada não gosta nada que use a camisa, diz que assim não se consegue vir”.
Um outro replicou:
“eu não uso, quem não se consegue vir sou eu”.
Uma delas disse logo de seguida para o segundo:
“dahhhh! Comigo obriguei-te a usar e vieste-te”.
Diz um terceiro:
“Olha, eu até gosto de usar, não me aleija o prepúcio... aquela merda depois arde!!!!!.”
Replica a segunda:
“ para mim tanto faz, só deixo que me lambam e chupem o grelinho. Quero chegar virgem ao casamento e assim não é preciso nada comigo”.
Diz o primeiro:
“Vais chegar vais, o F------ disse que até te enfia o punho por lá dentro..."
E assim sucessivamente se desenrolou a conversa com mais ou menos o mesmo teor.
Observei que havia um quarto elemento masculino que não dizia nada mas se mostrava excitado com tudo o que ouvia, e também reparei que os mencionados namorados/as que cada um falava não estavam presentes.
Concluir alguma coisa disto é que foi dificil, e se é que consigo chegar a conclusão alguma mesmo um dia depois.
O que me ficou a parecer é que técnicamente conhecem até os pormenores, mas que conscientemente não estão nem perto do que é e como/quando/porque acontece um acto sexual.
Para eles sexo pareceu-me o mesmo do que ir jogar bilhar no meu tempo, onde cada um se desenfia como pode, dá a tacada como sabe ou gosta e o que importa é meter a bola no buraco. Nem isso, pois para ir jogar bilhar tinha que saltar o muro, esconder-me na correria até ao salão de jogos e tornar quase religioso o acto e manter segredo... senão em casa levava pau.
Afinal onde está a essência do namorar?
O que será que pensam da responsabilidade do acto de “brincar” ao sexo?
Que educação sexual tem?
E dada por quem?
Alguém lhes diz que há mais vida para além do divertimento e prazer?... e não falo só de sexo.
Que recado passam os educadores ao distribuir preservativos?
E os pais onde estão?
Ontem estavam no futebol mas...
E tantas mais perguntas que teria para fazer, mas as minhas serão as mesmas das vossas, daí que me dispenso.
Sexo é bom e é um prazer que deliciosamente nos persegue a vida toda, mas caramba, assim tão fácil e banalmente praticado até deixará de o ser.
E mais não digo... deixo para vocês que muito terão para dizer também.
Já gostei de futebol mas uma passagem pelos meandros do dito provocou.me um enjoo tal que deixei de fazer parte desse "tribalismo" e como tal fiquei por cá a vigiar os ladrões .
Realmente foi uma sensação estranha e ao mesmo tempo deliciosa e me fez recuar no tempo... aquele tempo em que a calma era o estado normal, o stress ainda não tinha feito a sua aparição, os estacionamentos abundavam e nada estava superlotado.
Este regresso às memórias de outros tempos, que embora não muito distantes cronológicamente me pareciam ter sido à uma eternidade, fizeram-me querer sentir na pele este recuar momentâneo no tempo e a oportunidade única para o sentir da forma mais real possível.
Foi assim que surgiu a ideia de ir recordar o “beber um copo” de outros tempos num local emblemático e praticamente único da minha juventude, um bar ainda resistente no meio de um “vai-vem” infernal que hoje é o aparecimento e desaparecimento de bares conforme a onda de uns quantos lideres que levam o resto da trupe consigo.
Para meu espanto, o local mantinha ainda muitos vestigios da “traça” como o conheci, estava com uma lotação muito razoável o que confirma a minha opinião sobre o abandono dos jovens pelos acontecimentos futeboleiros, e apesar da faixa etária dos frequentadores ser menor da dos da altura, fiz uma deliciosa e instantânea viagem no tempo.
Depois de instalado num local mais tranquilo e menos barulhento (os meus gostos musicais são como os meus tímpanos... muito sensíveis às mudanças), lá percebi que as espumas daquela poltrona não tiveram comtemplação com a quantidade de rabos que as aconchegaram, mas lá suportaram o meu mesmo fazendo gemer as lombalgias que a idade me presenteou “ad eternum”.
Recomposto do desconforto, do choque das memórias e das diferenças entreguei-me à minha típica e indelével forma de ser/estar – observar.
Foi aí, que mesmo sem a menor intenção, sintonizei-me na conversa vizinha, uma mesa composta por 6 “chavalitos”, (4 chavalos e duas chavalas) uns pelos outros a rondar os quinze anitos.
Mas a conversa era era de vinte ou trinta... ou até sem idade, mas naqueles chavalitos ainda a lutar com a acne é que não esperava fosse.
Não sou nada conservador e muito menos retrógrado mas ao ouvir aquilo tudo e conjugar com a repetida mas presente vaga de distribuição de preservativos nas escolas, fiquei super interessado e absorvi tudo.
Dizia um deles:
“a minha namorada não gosta nada que use a camisa, diz que assim não se consegue vir”.
Um outro replicou:
“eu não uso, quem não se consegue vir sou eu”.
Uma delas disse logo de seguida para o segundo:
“dahhhh! Comigo obriguei-te a usar e vieste-te”.
Diz um terceiro:
“Olha, eu até gosto de usar, não me aleija o prepúcio... aquela merda depois arde!!!!!.”
Replica a segunda:
“ para mim tanto faz, só deixo que me lambam e chupem o grelinho. Quero chegar virgem ao casamento e assim não é preciso nada comigo”.
Diz o primeiro:
“Vais chegar vais, o F------ disse que até te enfia o punho por lá dentro..."
E assim sucessivamente se desenrolou a conversa com mais ou menos o mesmo teor.
Observei que havia um quarto elemento masculino que não dizia nada mas se mostrava excitado com tudo o que ouvia, e também reparei que os mencionados namorados/as que cada um falava não estavam presentes.
Concluir alguma coisa disto é que foi dificil, e se é que consigo chegar a conclusão alguma mesmo um dia depois.
O que me ficou a parecer é que técnicamente conhecem até os pormenores, mas que conscientemente não estão nem perto do que é e como/quando/porque acontece um acto sexual.
Para eles sexo pareceu-me o mesmo do que ir jogar bilhar no meu tempo, onde cada um se desenfia como pode, dá a tacada como sabe ou gosta e o que importa é meter a bola no buraco. Nem isso, pois para ir jogar bilhar tinha que saltar o muro, esconder-me na correria até ao salão de jogos e tornar quase religioso o acto e manter segredo... senão em casa levava pau.
Afinal onde está a essência do namorar?
O que será que pensam da responsabilidade do acto de “brincar” ao sexo?
Que educação sexual tem?
E dada por quem?
Alguém lhes diz que há mais vida para além do divertimento e prazer?... e não falo só de sexo.
Que recado passam os educadores ao distribuir preservativos?
E os pais onde estão?
Ontem estavam no futebol mas...
E tantas mais perguntas que teria para fazer, mas as minhas serão as mesmas das vossas, daí que me dispenso.
Sexo é bom e é um prazer que deliciosamente nos persegue a vida toda, mas caramba, assim tão fácil e banalmente praticado até deixará de o ser.
E mais não digo... deixo para vocês que muito terão para dizer também.
É tanta a luta para que o sexo deixe de ser tábu, que se acaba por banalizar o acto. A relação sexual, infelizmente, para muitos dos jovens, e não só, passa a ser um acto mecanicista e não uma atitude rebuscada de prazer e envolvimento mútuo. Assim perde-se a sensualidade, a conquista de uma febril entrega, o jogo da sedução, o arrepio na espinha ou o friozinho na barriga. Será que esses jovens vão, algum dia, conhecer essas sensações prazerosas que antecedem qualquer orgasmo?
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