Bem que me apetecia vir aqui de vez em quando deixar um post simpático, amigável, caloroso, afectivo e tranquilo, mas realmente todos os dias acaba por acontecer-me algo que por este ou aquele motivo me aniquila a inspiração e castra a vontade.
É que, seja por motivos profissionais ou pessoais, e meus ou das pessoas que me são mais próximas, queridas e amigas, o que me acontece mesmo é viver cada dia carregado de stress, e alguns até à beira de um ataque de nervos.
E hoje não fugiu à regra e logo pela manhã.
A minha primeira tarefa diária é consultar pela internet a conta bancária, pois com esta fome colectiva de dinheiro que (quase) toda a gente anda, às vezes tenho surpresas desagradáveis e se não estiver atento acontecem “desastres” em catadupa e lá apanho por tabela.
Só que hoje deparei-me com um roubo de dezenas de euros em juros de “x”, impostos de “y” e taxas de “z”, etc, etc, motivados por ter feito um depósito na maquineta em vez de o fazer ao balcão. Fui vitima de um embuste quando numa gentileza triste de cumplicidade forçada e antevendo o desemprego que usarmos a máquina lhe vai causar, o desgraçado do funcionário ma indicou para fazer o depósito ...mas não me informou das diferenças, logo do roubo de que ía ser alvo. É que no Millennium BCP fazer um depósito ao balcão ou nas máquinas não é a mesma coisa.
E lá fui eu reclamar de imediato ao balcão em causa, mas mesmo brandindo provas inequivocas fui sendo empurrado de funcionário em funcionário e a culpa era sempre do sistema, da hierarquia superior e de quem não estava ali para dar a cara. Mais, reclamava do mesmo que já em tempos reclamara e fui ressarcido, logo com “jurisprudência” a meu favor. Mas nem mesmo assim resolveram a contenda.
Enfim... o que me faz ficar fulo é a pequenez e impotência que sinto ao ser levado para labirintos desenhados à medida para ser considerado um mentecapto.
Definitivamente, a banca e outras empresas/instituições de grande envergadura como telecomunicações, etc, são umas vigaristas que roubam à descarada e com consentimento do Estado/Poder. Alias, poder esse que nas suas pessoas individuais são propriétários delas ou financiados por elas para serem eleitos para o dito poder e assim fecharem o circulo proteccionista.
Mas isto é do senso comum e basta fazer uma pesquisa pela net para conhecer milhares e milhares de casos/queixas.
E como hoje estava decidido a ir mais longe na reclamação fiz uma pesquisa na net para me inteirar de outras situações semelhantes e agir em conformidade. Foi numa dessas que me cruzei com um blog “http://cidadaniaresponsavel.blogspot.com” que reduziu a nada o meu problema com o banco.
Eis a transcrição:
“Esclarecendo... para não acontecer com nossos filhos, netos ou bisnetos
De uma querida amiga, recebi este e-mail que penso ser de muita utilidade dadas as explicações nele contidas. Tal como ela, das poucas coisas que odeio neste Planeta, uma delas é o facto de existir esta raça nojenta de pseudo-humanos, a escória da escória social em qualquer parte do Mundo.
'De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto'. (Ruy Barbosa)
O FBI produziu um relatório em Janeiro sobre pedofilia. Nele estão colocados uma serie de símbolos usados pelos pedófilos para se identificar. Os símbolos são, sempre, compostos pela união de 2 semelhantes, um dentro do outro. A forma maior identifica o adulto, a menor a criança. A diferença de tamanho entre elas demonstra a preferência por crianças maiores ou menores.
Homens são triângulos, mulheres coracoes. Os símbolos são encontrados em sites, moedas, jóias (anéis, pingentes,...) entre outros objetos.
O link abaixo leva a uma copia em .pdf do relatório aonde os símbolos são mostrados. Acho os pedófilos a pior escoria da humanidade e conhecer esses símbolos para poder identificar essas pessoas e o mínimo que podemos fazer. Ao encontrar um símbolo desses, avisar a policia.
https://secure.wikileaks.org/leak/FBI-pedophile...-
[i]Se o link acima não funcionar, copie e cole no seu browser para abrir
Os triângulos representam homens que adoram meninos (o detalhe cruel é o triângulo mais fino, que representam homens que gostam de meninos bem pequenos); o coração são homens (ou mulheres) que gostam de meninas e a borboleta são aqueles que gostam de ambos. De acordo com a revista, são informações coletadas pelo FBI durantes suas vasculhadas.
A idéia dos triângulos e corações concêntricos é a da figura maior envolvendo a figura menor, numa genialidade pervertida de um conceito gráfico. Existe um requinte de crueldade, pois esses seres fazem questão de se exibirem em código para outros, fazendo desses símbolos bijuterias, moedas, troféus, adesivo e o escambau. Infelizmente, é o design gráfico a serviço do mal.”
E pronto, apesar dos meus problemas, eis um motivo muito forte para os tornar secundários e dispensar um pouco do meu tempo com mais este alerta da podridão humana e de valores a que chegamos. E só restamos nós, porque a nossa justiça já provou a sua impotência e cumplicidade ao não julgar “Casas Pias”, BPNs”, BPPs”, "Freeports", etc, etc, ...senão reparem na diferença do que se passa noutros países e em casos semelhantes. Uma das provas bem recente é já terem condenado o “Madoff”.
È certo que a sociedade sempre teve os seus problemas, mas atingimos os limites e a coisa vai correr muito mal tal a contaminação e disseminação na alta esfera da politica, da economia, dos mídia e até da cultura. E para recordar que assim foi a diferença activista de quem tinha/sentia obrigações sociais, leiam abaixo o que escreveram à época dois dos nossos ilustres escritores. Alguns ainda tentam, mas, e só a titulo de exemplo desta democracia europeia vestida de ditadura completamente descarada, No seu último livro Saramago denunciou Berlusconi, e, única e simplesmente foi decretada a proibição da publicação em Itália. O cúmulo, é que tal proibição para além de não resultar, ainda aguça mais a vontade de o ler, mas mesmo assim, nem se importam de caír no ridículo de proibir.
Eça de Queiroz, 1872
“Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!”
Guerra Junqueiro, 1886
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."
E agora façam como eu.... emprestem um bocadinho do vosso tempo e alertem vocês mesmo ...e seja como e onde for... mas alertem por favor.
E eis-me aqui partilhado e exposto a nú ...e às vezes crú - mas tal-qual eu, um eterno prisioneiro da minha génese mas sempre em liberdade na essência. A quem apetecer comentar, faça o favor de se sentir livre para o fazer como eu me senti para escrever e acho dever estar quem não teme críticas - sejam elas quais forem. Se apreciar conversar sobre estas ou outras temáticas mas sem futilidades, será um prazer. Sou simples, acessível e gosto de partilhar saberes. Boas leituras.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Uma vénia a todos/as homossexuais.
Porquê este titulo sendo eu hétero?
Porque me apetece cada vez mais continuar na senda dos “Tabus” e estremecer mentalidades adormecidas no conforto da “normalidade” - e mais não seja para eu mesmo ir aprendendo. E aprendo mesmo.
Por exemplo, descobri que na masturbação a orientação sexual é neutra porque não interfere fisicamente com terceiros - o que não tinha pensado sequer por causa de “sofrer” da tal normalidade hétero.
Já perceberam que de novo me reporto ao post "palavras tabu... ainda" onde falei de Onanismo, e que mais uma vez tive uma imensidão de leitores/as (desta vez quero definir o género) mas que mal “abriram o bico” - quer comentando quer em mensagens privadas – já nem as de desaforo com puritanismos “demodés” me fazem.
Será que intimido?
Será que me ignoram de verdade?
Será falta de opinião formada?
Será?... que será?
Vá lá respondam-me. Só é preciso um pouquinho de coragem e soltarem-se dessas castrações - não estamos na época do cinto de castidade. Como dizia o slogan - “vão ver que não doi nada”.
Caramba... se masturbar-se é coisa que aproximadamente 70% da população confessa fazer, porque não falam nisto... só por terem a identificação de um perfil que normalmente nem é nada identificativo?
Se for o caso crio um blog de participação completamente anónima.
Voltando ao tema com que título este post. É aqui que entram os/as homossexuais.
São uma pequena minoria e mesmo assim foram maioria a falar-me e com um à vontade e lucidez que merece o meu aplauso. São mentalmente mais abertos e refrescados, mais abrangentes e mais conscientes do que é a sexualidade – a sua e a dos outros mesmo de outras orientações. Também são mais dotados de capacidade analítica nesse campo e tem uma visão mais global e limpa da sociedade e dos comportamentos humanos, sociais e inter-pessoais.
Antes de continuar sinto que preciso de deixar esta nota - Quando digo homossexuais quero dizer pessoas cuja identidade sexual assenta na atracção pelo mesmo sexo mas e cujas práticas e comportamento social, relacional, afectivo, erótico e sexual é processado com boa conduta, descrição e preservação da intimidade... digamos que como os heterossexuais - os também bem comportados obviamente.
Mas não confundam com transexualidade e travestismo porque são coisas completamente diferentes.
É certo que aparecem colados à homossexualidade oportunistas de todo o tipo – desde a “aberração Castelo Branco” que nunca percebi a que tipo de audiência deve ele o mediatismo que tem -, às espampanantes “paradas gay” que não fazem mais do que denegrir a verdadeira imagem da homossexualidade. Mas não apontem o dedo já porque a heterossexualidade também tem algumas “aberrações” como um “Zézé Camarinha”... e por aí fora...
“Apartes” à parte, o tema nem sequer é novo. Diria quem tem o tempo da humanidade.
Sabe-se que as relações homossexuais sempre estiveram presentes em toda a nossa história, em diferentes sociedades e culturas - mesmo nas civilizações mais antigas.
Mais conhecida e por estar presente na literatura da época é a dos Romanos, onde a prática homossexual era comunemente aceite e até praticada algo ostensivamente.
Na Grécia ainda ganhou mais expressividade pois também era relacionada com o intelecto e físico ao ponto de ser considerada mais nobre do que o relacionamento heterossexual.
E por aí adiante - basta pesquisar para encontrar uma infinidade de artigos sobre o tema.
Ahhh! ...e não é preciso ser homossexual para fazer isso. Eu não sou e fiz. E também não vai beliscar a vossa orientação, e... ninguém precisa de saber
Vão é aprender a perceber que hoje é vista um pouco de todas as maneiras e tende a diluir-se, perder protagonismo e normalizar-se com a evolução dos costumes, mudanças dos valores e do padrão moral, a ser tratada com mais naturalidade e transparência de forma a permitir a sua assunção e sem qualquer constrangimento ou sentimento de culpa, e mais liberdade para assumir e demonstrar a sua orientação sem qualquer constrangimento como qualquer ser humano tem direito.
E para concluir, é mesmo esta diferencição da dita normalidade e maioria hétero, que os “obriga” a sentir, pensar, descodificar, apreender e analisar a sexualidade de uma forma mais latente, despudurada, franca e objectiva. Sem dúvida um exemplo a seguir pelas pessoas hétero. Eu sigo, daí a minha vénia.
Porque me apetece cada vez mais continuar na senda dos “Tabus” e estremecer mentalidades adormecidas no conforto da “normalidade” - e mais não seja para eu mesmo ir aprendendo. E aprendo mesmo.
Por exemplo, descobri que na masturbação a orientação sexual é neutra porque não interfere fisicamente com terceiros - o que não tinha pensado sequer por causa de “sofrer” da tal normalidade hétero.
Já perceberam que de novo me reporto ao post "palavras tabu... ainda" onde falei de Onanismo, e que mais uma vez tive uma imensidão de leitores/as (desta vez quero definir o género) mas que mal “abriram o bico” - quer comentando quer em mensagens privadas – já nem as de desaforo com puritanismos “demodés” me fazem.
Será que intimido?
Será que me ignoram de verdade?
Será falta de opinião formada?
Será?... que será?
Vá lá respondam-me. Só é preciso um pouquinho de coragem e soltarem-se dessas castrações - não estamos na época do cinto de castidade. Como dizia o slogan - “vão ver que não doi nada”.
Caramba... se masturbar-se é coisa que aproximadamente 70% da população confessa fazer, porque não falam nisto... só por terem a identificação de um perfil que normalmente nem é nada identificativo?
Se for o caso crio um blog de participação completamente anónima.
Voltando ao tema com que título este post. É aqui que entram os/as homossexuais.
São uma pequena minoria e mesmo assim foram maioria a falar-me e com um à vontade e lucidez que merece o meu aplauso. São mentalmente mais abertos e refrescados, mais abrangentes e mais conscientes do que é a sexualidade – a sua e a dos outros mesmo de outras orientações. Também são mais dotados de capacidade analítica nesse campo e tem uma visão mais global e limpa da sociedade e dos comportamentos humanos, sociais e inter-pessoais.
Antes de continuar sinto que preciso de deixar esta nota - Quando digo homossexuais quero dizer pessoas cuja identidade sexual assenta na atracção pelo mesmo sexo mas e cujas práticas e comportamento social, relacional, afectivo, erótico e sexual é processado com boa conduta, descrição e preservação da intimidade... digamos que como os heterossexuais - os também bem comportados obviamente.
Mas não confundam com transexualidade e travestismo porque são coisas completamente diferentes.
É certo que aparecem colados à homossexualidade oportunistas de todo o tipo – desde a “aberração Castelo Branco” que nunca percebi a que tipo de audiência deve ele o mediatismo que tem -, às espampanantes “paradas gay” que não fazem mais do que denegrir a verdadeira imagem da homossexualidade. Mas não apontem o dedo já porque a heterossexualidade também tem algumas “aberrações” como um “Zézé Camarinha”... e por aí fora...
“Apartes” à parte, o tema nem sequer é novo. Diria quem tem o tempo da humanidade.
Sabe-se que as relações homossexuais sempre estiveram presentes em toda a nossa história, em diferentes sociedades e culturas - mesmo nas civilizações mais antigas.
Mais conhecida e por estar presente na literatura da época é a dos Romanos, onde a prática homossexual era comunemente aceite e até praticada algo ostensivamente.
Na Grécia ainda ganhou mais expressividade pois também era relacionada com o intelecto e físico ao ponto de ser considerada mais nobre do que o relacionamento heterossexual.
E por aí adiante - basta pesquisar para encontrar uma infinidade de artigos sobre o tema.
Ahhh! ...e não é preciso ser homossexual para fazer isso. Eu não sou e fiz. E também não vai beliscar a vossa orientação, e... ninguém precisa de saber
Vão é aprender a perceber que hoje é vista um pouco de todas as maneiras e tende a diluir-se, perder protagonismo e normalizar-se com a evolução dos costumes, mudanças dos valores e do padrão moral, a ser tratada com mais naturalidade e transparência de forma a permitir a sua assunção e sem qualquer constrangimento ou sentimento de culpa, e mais liberdade para assumir e demonstrar a sua orientação sem qualquer constrangimento como qualquer ser humano tem direito.
E para concluir, é mesmo esta diferencição da dita normalidade e maioria hétero, que os “obriga” a sentir, pensar, descodificar, apreender e analisar a sexualidade de uma forma mais latente, despudurada, franca e objectiva. Sem dúvida um exemplo a seguir pelas pessoas hétero. Eu sigo, daí a minha vénia.
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quinta-feira, 16 de julho de 2009
Palavras Tabu... ainda...
Como no meu post "O rosto do prazer" se cumpriu a minha previsão de muitas visitas mas imensos silêncios e um feed-back paupérrimo, até de perfis (aparentemente) mais “corajosos” - uma nota negativissima para o género masculino que quero denunciar publicamente, aqui está mais um na senda do anterior e a atrever-me a desmistificar, enfrentar e afrontar esses tabus.
Coito, onanismo, orgasmo e anorgasmia, felação, cunilíngus, anilingus, fisting, sadismo, masoquismo, e a mistura de ambos – sadomasoquismo, hipererosia, ninfomania, tantra, kamasutra, zoofilia, fetiches, exibicionismo, etc, são termos que tem na gíria popular imensos sinónimos - do calão mais agreste às metáforas mais sofisticadas -, que variam consoante a região, classe e cultura. Mas nem mesmo com essa abundancia para todos os gostos e feitios, deixam de ser considerados tabu.
É daquelas coisas que se verbaliza só intimamente, mas nos vem à cabeça com muita frequência - e até se adivinha na dos outros. A verdade é que raramente se tem “estaleca” para o dizer descomplicadamente e em alto e bom som.
Será porque é feio ou se teme consequências nefastas? Será poque seria muito atrevimento ou nos poderiam considerar depravados? Será porque é pecaminoso ou injurioso?
Eu acho que todos concordamos com as respostas afirmativas para estas perguntas, mas ao mesmo tempo intimamente negamos todas elas... até porque não vai demorar muito e estamos a praticar alguma das situações que encaixam nesses temos. È daquelas coisas que se faz o mais que se pode e se cala o mais que se consegue.
Mas eu falo
Da primeira – coito - não vale a pena pois é a mais vulgar e admitida... melhor – é a nossa origem mesmo. Alias, não fosse esta verdade inequivoca e alguns ainda o negariam, mas isso é coisa para o catolicismo... ou para o Espirito Santo (não confundir com o Banco) .
Vou falar da segunda - Onanismo
Incialmente o termo englobava qualquer forma de coito incompleto tendente a evitar a fecundação, mas progressivamente foi-se tornando sinónimo quase exclusivo de masturbação.
Não tenho receio em dizer que tirando a primeira (coito), é das minhas práticas sexuais favoritas.
É também dos temas que mais desinformação produz e fonte das idiotices mais absurdas que já ouvi. A sociedade encarregou-se de nos mostrar sempre a masturbação como um hábito insidioso, nojento, proibido, perigoso, e praticada por iníquos e ímpios. Alias foi asim que nasceu a palavra do latim “manus turbare” que quer dizer sujar as mãos.
Pode sujar mas lavam-se .
Ainda se continua a pensar que as pessoas de bem não se masturbam. Algumas dessas dizem até que nunca se masturbaram. Acredito estejam a dizer a verdade, mas nas que acrescentam que nem querem ouvir falar, não acredito. Outras, as que dizem que provoca acne, cegueira, queda de cabelo, etc deveriam ficar caladas – taditas...
E assim, durante muito tempo a masturbação foi o bicho papão da frágil aprendizagem sexual e para muitos, ainda hoje o é.
Quando se pensa intimamente ou fala honestamente sobre este assunto com outras pessoas, não há como esconder as evidências. A masturbação é uma prática, no mínimo, agradável, feita por quase todos, com maior ou menor regularidade, quase sempre individualmente e com mais ou menos pejo.
Os adultos negam-na mais do que os adolescentes mas não me parece que esta prazerosa prática seja exclusiva deles ou de adultos considerados depravados sexuais. Não há idade para este prazer. Masturbar-se é conhecer o corpo, e saber onde tocar-se ou tocar em outrem é tão importante como saber ler e escrever – sexualmente, claro -, e nem é preciso ir para a escola..
Atrevo-me até a dizer que feita a dois por vezes vale mais do que uma relação sexual tradicional desajeitada e em que o desconhecimento mútuo acaba por transformar-ne num ruinoso insucesso. È certo que não preenche as mesmas áreas, mas não é menos desprezivel.
Também não se pode considerar só um “pré-sexo” integrado nos preliminares, ou um “pós-sexo” quando um falha o timing do orgasmo do outro. É uma forma de sexo como qualquer outra e pronto. Não há razão para se ver este acto com menos “qualidade”, como também não há para considerar falhado quem a pratica/aprecia.
Também é mais abrangente. Permite melhor conhecimento de si e a partilha com outrem, mas ao mesmo tempo também uma satisfação egoista tornando possivel o prazer sem a permissão do outro. Não conheço outra forma mais cabal e ambivalente de libertação sexual que esta – desde a que mais nos mostra à que mais nos esconde, e à que nos permite partilhar mas libertos da “submissão” aos desejos e necessidades de terceiros.
A internet - tinha de falar no famoso “sexo virtual” -, veio dar um bom empurrão a esta prática. No entanto, penso que mais quantitativa do que qualitativa, pois se não encarar presencialmente o outro ajuda a desinibir e a ganhar coragem, também é porque se precisa desse estímulo externo mas privado e dirigido a nós mesmos, logo uma presença, que mais do que ausente, pode volatizar-se num ápice e deixar-nos dependentes. Mas do mal o menos, porque às vezes é um passo para o contacto real e de sucesso. Mas muito cuidado - há por aqui muito “gato por lebre” e quando se descobre a frustração é enorme e os efeitos desastrosos.
Finalizando, a masturbação faz parte de uma sexualidade saudável para todos e quer se masturbem sozinhos ou acompanhados, a si ou a outrem, mais que uma vez por dia, apenas algumas vezes por mês, ou até menos que uma por ano, não faz mal nem é vergonhoso. É bom. É optimo...
Coito, onanismo, orgasmo e anorgasmia, felação, cunilíngus, anilingus, fisting, sadismo, masoquismo, e a mistura de ambos – sadomasoquismo, hipererosia, ninfomania, tantra, kamasutra, zoofilia, fetiches, exibicionismo, etc, são termos que tem na gíria popular imensos sinónimos - do calão mais agreste às metáforas mais sofisticadas -, que variam consoante a região, classe e cultura. Mas nem mesmo com essa abundancia para todos os gostos e feitios, deixam de ser considerados tabu.
É daquelas coisas que se verbaliza só intimamente, mas nos vem à cabeça com muita frequência - e até se adivinha na dos outros. A verdade é que raramente se tem “estaleca” para o dizer descomplicadamente e em alto e bom som.
Será porque é feio ou se teme consequências nefastas? Será poque seria muito atrevimento ou nos poderiam considerar depravados? Será porque é pecaminoso ou injurioso?
Eu acho que todos concordamos com as respostas afirmativas para estas perguntas, mas ao mesmo tempo intimamente negamos todas elas... até porque não vai demorar muito e estamos a praticar alguma das situações que encaixam nesses temos. È daquelas coisas que se faz o mais que se pode e se cala o mais que se consegue.
Mas eu falo
Da primeira – coito - não vale a pena pois é a mais vulgar e admitida... melhor – é a nossa origem mesmo. Alias, não fosse esta verdade inequivoca e alguns ainda o negariam, mas isso é coisa para o catolicismo... ou para o Espirito Santo (não confundir com o Banco) .
Vou falar da segunda - Onanismo
Incialmente o termo englobava qualquer forma de coito incompleto tendente a evitar a fecundação, mas progressivamente foi-se tornando sinónimo quase exclusivo de masturbação.
Não tenho receio em dizer que tirando a primeira (coito), é das minhas práticas sexuais favoritas.
É também dos temas que mais desinformação produz e fonte das idiotices mais absurdas que já ouvi. A sociedade encarregou-se de nos mostrar sempre a masturbação como um hábito insidioso, nojento, proibido, perigoso, e praticada por iníquos e ímpios. Alias foi asim que nasceu a palavra do latim “manus turbare” que quer dizer sujar as mãos.
Pode sujar mas lavam-se .
Ainda se continua a pensar que as pessoas de bem não se masturbam. Algumas dessas dizem até que nunca se masturbaram. Acredito estejam a dizer a verdade, mas nas que acrescentam que nem querem ouvir falar, não acredito. Outras, as que dizem que provoca acne, cegueira, queda de cabelo, etc deveriam ficar caladas – taditas...
E assim, durante muito tempo a masturbação foi o bicho papão da frágil aprendizagem sexual e para muitos, ainda hoje o é.
Quando se pensa intimamente ou fala honestamente sobre este assunto com outras pessoas, não há como esconder as evidências. A masturbação é uma prática, no mínimo, agradável, feita por quase todos, com maior ou menor regularidade, quase sempre individualmente e com mais ou menos pejo.
Os adultos negam-na mais do que os adolescentes mas não me parece que esta prazerosa prática seja exclusiva deles ou de adultos considerados depravados sexuais. Não há idade para este prazer. Masturbar-se é conhecer o corpo, e saber onde tocar-se ou tocar em outrem é tão importante como saber ler e escrever – sexualmente, claro -, e nem é preciso ir para a escola..
Atrevo-me até a dizer que feita a dois por vezes vale mais do que uma relação sexual tradicional desajeitada e em que o desconhecimento mútuo acaba por transformar-ne num ruinoso insucesso. È certo que não preenche as mesmas áreas, mas não é menos desprezivel.
Também não se pode considerar só um “pré-sexo” integrado nos preliminares, ou um “pós-sexo” quando um falha o timing do orgasmo do outro. É uma forma de sexo como qualquer outra e pronto. Não há razão para se ver este acto com menos “qualidade”, como também não há para considerar falhado quem a pratica/aprecia.
Também é mais abrangente. Permite melhor conhecimento de si e a partilha com outrem, mas ao mesmo tempo também uma satisfação egoista tornando possivel o prazer sem a permissão do outro. Não conheço outra forma mais cabal e ambivalente de libertação sexual que esta – desde a que mais nos mostra à que mais nos esconde, e à que nos permite partilhar mas libertos da “submissão” aos desejos e necessidades de terceiros.
A internet - tinha de falar no famoso “sexo virtual” -, veio dar um bom empurrão a esta prática. No entanto, penso que mais quantitativa do que qualitativa, pois se não encarar presencialmente o outro ajuda a desinibir e a ganhar coragem, também é porque se precisa desse estímulo externo mas privado e dirigido a nós mesmos, logo uma presença, que mais do que ausente, pode volatizar-se num ápice e deixar-nos dependentes. Mas do mal o menos, porque às vezes é um passo para o contacto real e de sucesso. Mas muito cuidado - há por aqui muito “gato por lebre” e quando se descobre a frustração é enorme e os efeitos desastrosos.
Finalizando, a masturbação faz parte de uma sexualidade saudável para todos e quer se masturbem sozinhos ou acompanhados, a si ou a outrem, mais que uma vez por dia, apenas algumas vezes por mês, ou até menos que uma por ano, não faz mal nem é vergonhoso. É bom. É optimo...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
O rosto do prazer
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