Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, Umbigo é a cicatriz resultante da queda fisiológica (natural) do cordão umbilical e costuma manifestar-se no abdomen como uma depressão na pele. A palavra umbigo tem sua origem no latim umbilicus, diminutivo de umbo, com o sentido de saliência arredondada em uma superfície.
A exposição do umbigo foi um tabu na sociedade ocidental por ter sido considerado um estímulo visual erótico. Hoje em dia é usual, usar roupas que expõem o umbigo, especialmente entre mulheres jovens e principalmente devido à cada vez mais actual moda dos piercings. Desde os clássicos latinos, umbilicus designa também o meio, o ponto central de alguma coisa e, nesse sentido, são inúmeras as acepções do vocábulo que se transferiram a outras línguas. O seu significado sempre foi especial na mente humana, por representar o elo biológico que liga a mãe ao filho e expressar a relação de dependência entre uma vida e outra. No subconsciente, o umbigo simboliza a vinculação do ser com o mundo exterior e identifica-se com o centro do corpo.
Uma preocupação comum, ainda que inofensiva, é a formação de fiapos de tecido no umbigo, a ponto de este ter sido assunto de sérias experiências científicas e pesquisas exaustivas, como a do pesquisador australiano Karl Kruszelnicki. Para tal pesquisa ele estudou o umbigo de mais de 4800 pessoas. A pesquisa rendeu-lhe um prémio IgNobel.
O estudo constatou que:
2/3 das pessoas têm fiapos no umbigo
pessoas mais velhas tem mais fiapos no umbigo
maior incidência em homens do que em mulheres
existe uma relação entre a cor dos fiapos e a cor da pele, pessoas de pele clara têm fiapos claros.
o tipo de pele não afeta a incidência de fiapos
a presença de fiapos está muito ligada a quantidade de pêlos na pessoa. Muitos ou poucos pêlos aumentam ou diminuem a quantidade de fiapos.
não existe relação com o porte físico
o azul é a cor predominante dos fiapos (assim como é das roupas).
Mas adiante...
Vamos falar do nosso umbigo, o de cada um de nós.
Olhe bem para si e observe-se acima da região púbica e abaixo do tórax. Está ver aquela depressão de contorno arredondado? ...É o seu umbigo.
Esse umbigo foi a sua primeira expressão do verbo “Ser” desde que seus Pais o conceberam numa noite de paixão mais sublime que as outras e até que nasceu.
A partir desse momento, tornou-se seu amigo inseparável e aprendeu mais um verbo para além do “Ser”, o verbo “Ter”, que inexplicavelmente é demasiada vezes conjugado na primeira pessoa “ Eu tenho…”, e é essa inexplicável tentação que me fez falar dele.
Afinal porque será que passamos uma grande parte da vida, a “olhar” para o nosso próprio umbigo?
Na verdade é algo fraternal, simpático, amigável, místico e sensual, e tem por hábito assumir um papel afectivo e efectivo nas nossas decisões, criando em cada um de nós a ilusão de ser o centro da própria auto-estima. Mas é uma pura ilusão que nos impede de olhar em frente e para os outros umbigos. Se fosse eu o “Criador” colocaria o umbigo na testa para o vigiar … e que fosse vigiado mais de perto.
Eu acho compreensível que o umbigo seja o epicentro de um ser pois até é o centro do corpo, mas daí até se achar único e alhear-se do colectivo que é um ser, tem muito que se lhe diga. Será que é por ser reformado à nascença que decide mandar de férias o cérebro e ficar a fazer o serviço dele?
Não deixe que isso aconteça. Lá bem em cima tem uma cabecinha que deve pensar que mais abaixo, um pouco sob o lado esquerdo do seu torax há algo que vai acabar por sofrer com isso.
È que o umbigo tem um carácter impressionantemente egocêntrico, cisma que deve ser o centro das atenções e nega-se a partilhar-se com os outros umbigos. É certo que tal carácter aparentemente até protege tendo uma grande preocupação com o que sente e não admitindo que o magoem ou contrariem. É certo que quando se relaciona com alguém, gosta muito de ser amado, acarinhado e exige toda a atenção. Mas entrega-se de tal ordem a isso que nem admite ser contrariado pelos outros umbigos. E mais, é capaz de um alheamento severo pelos problemas dos outros umbigos, e, na maioria dos casos, o máximo que permite é uma troca de experiências do tipo “eu cá tu lá”. Em poucas palavras: trata-se de uma “criatura” egoísta.
Mas afinal porque é que o umbigo é egoista?
Não conheço nem acredito haja alguma teoria sobre isso. É de...feito assim e pronto. A sua única preocupação concentra-se no que sente e não no que os outros umbigos possam sentir. Está completamente entregue a si mesmo e dificilmente poderá observar o que os outros umbigos estarão a sentir, ou até nos sentimentos que estará a despertar. E como acha que todos os umbigos são iguais, também imagina que nunca poderão conversar uns com os outros... é que como não ouve ninguém, também ninguém o ouviria. Assim é dificil sair deste circulo vicioso.
Portanto, se quer por na ordem o seu umbigo, não dê férias ao seu cérebro e assim talvez um dia perceba o que o faz ganhar aqueles fiapos e algum cotão de sótão mal varrido.
Finalizando, seja grande ou pequeno, largo ou estreito, mais ou menos obediente e/ou ditador, lembre-se sempre que tem um umbigo igual aos outros (uns mais iguais que outros, pois há-os bem lindos e tentadores ), e que não é mais nem menos do que um indelével sinal da mais sublime ligação à vida e à sua querida progenitora a quem chama Mãe.
Agora vá, cuide do seu umbigo mas evite que ele cuide de si, e para o entreter arranje-lhe um parceiro. Lembra-se daquele spot publicitário dos dois frasquinhos de perfume, o côncavo e o convexo? …é isso aí …delicioso .
... E assim fiz a viagem dos “pecados” do (meu) umbigo até ao “céu” da (minha) boca .
A exposição do umbigo foi um tabu na sociedade ocidental por ter sido considerado um estímulo visual erótico. Hoje em dia é usual, usar roupas que expõem o umbigo, especialmente entre mulheres jovens e principalmente devido à cada vez mais actual moda dos piercings. Desde os clássicos latinos, umbilicus designa também o meio, o ponto central de alguma coisa e, nesse sentido, são inúmeras as acepções do vocábulo que se transferiram a outras línguas. O seu significado sempre foi especial na mente humana, por representar o elo biológico que liga a mãe ao filho e expressar a relação de dependência entre uma vida e outra. No subconsciente, o umbigo simboliza a vinculação do ser com o mundo exterior e identifica-se com o centro do corpo.
Uma preocupação comum, ainda que inofensiva, é a formação de fiapos de tecido no umbigo, a ponto de este ter sido assunto de sérias experiências científicas e pesquisas exaustivas, como a do pesquisador australiano Karl Kruszelnicki. Para tal pesquisa ele estudou o umbigo de mais de 4800 pessoas. A pesquisa rendeu-lhe um prémio IgNobel.
O estudo constatou que:
2/3 das pessoas têm fiapos no umbigo
pessoas mais velhas tem mais fiapos no umbigo
maior incidência em homens do que em mulheres
existe uma relação entre a cor dos fiapos e a cor da pele, pessoas de pele clara têm fiapos claros.
o tipo de pele não afeta a incidência de fiapos
a presença de fiapos está muito ligada a quantidade de pêlos na pessoa. Muitos ou poucos pêlos aumentam ou diminuem a quantidade de fiapos.
não existe relação com o porte físico
o azul é a cor predominante dos fiapos (assim como é das roupas).
Mas adiante...
Vamos falar do nosso umbigo, o de cada um de nós.
Olhe bem para si e observe-se acima da região púbica e abaixo do tórax. Está ver aquela depressão de contorno arredondado? ...É o seu umbigo.
Esse umbigo foi a sua primeira expressão do verbo “Ser” desde que seus Pais o conceberam numa noite de paixão mais sublime que as outras e até que nasceu.
A partir desse momento, tornou-se seu amigo inseparável e aprendeu mais um verbo para além do “Ser”, o verbo “Ter”, que inexplicavelmente é demasiada vezes conjugado na primeira pessoa “ Eu tenho…”, e é essa inexplicável tentação que me fez falar dele.
Afinal porque será que passamos uma grande parte da vida, a “olhar” para o nosso próprio umbigo?
Na verdade é algo fraternal, simpático, amigável, místico e sensual, e tem por hábito assumir um papel afectivo e efectivo nas nossas decisões, criando em cada um de nós a ilusão de ser o centro da própria auto-estima. Mas é uma pura ilusão que nos impede de olhar em frente e para os outros umbigos. Se fosse eu o “Criador” colocaria o umbigo na testa para o vigiar … e que fosse vigiado mais de perto.
Eu acho compreensível que o umbigo seja o epicentro de um ser pois até é o centro do corpo, mas daí até se achar único e alhear-se do colectivo que é um ser, tem muito que se lhe diga. Será que é por ser reformado à nascença que decide mandar de férias o cérebro e ficar a fazer o serviço dele?
Não deixe que isso aconteça. Lá bem em cima tem uma cabecinha que deve pensar que mais abaixo, um pouco sob o lado esquerdo do seu torax há algo que vai acabar por sofrer com isso.
È que o umbigo tem um carácter impressionantemente egocêntrico, cisma que deve ser o centro das atenções e nega-se a partilhar-se com os outros umbigos. É certo que tal carácter aparentemente até protege tendo uma grande preocupação com o que sente e não admitindo que o magoem ou contrariem. É certo que quando se relaciona com alguém, gosta muito de ser amado, acarinhado e exige toda a atenção. Mas entrega-se de tal ordem a isso que nem admite ser contrariado pelos outros umbigos. E mais, é capaz de um alheamento severo pelos problemas dos outros umbigos, e, na maioria dos casos, o máximo que permite é uma troca de experiências do tipo “eu cá tu lá”. Em poucas palavras: trata-se de uma “criatura” egoísta.
Mas afinal porque é que o umbigo é egoista?
Não conheço nem acredito haja alguma teoria sobre isso. É de...feito assim e pronto. A sua única preocupação concentra-se no que sente e não no que os outros umbigos possam sentir. Está completamente entregue a si mesmo e dificilmente poderá observar o que os outros umbigos estarão a sentir, ou até nos sentimentos que estará a despertar. E como acha que todos os umbigos são iguais, também imagina que nunca poderão conversar uns com os outros... é que como não ouve ninguém, também ninguém o ouviria. Assim é dificil sair deste circulo vicioso.
Portanto, se quer por na ordem o seu umbigo, não dê férias ao seu cérebro e assim talvez um dia perceba o que o faz ganhar aqueles fiapos e algum cotão de sótão mal varrido.
Finalizando, seja grande ou pequeno, largo ou estreito, mais ou menos obediente e/ou ditador, lembre-se sempre que tem um umbigo igual aos outros (uns mais iguais que outros, pois há-os bem lindos e tentadores ), e que não é mais nem menos do que um indelével sinal da mais sublime ligação à vida e à sua querida progenitora a quem chama Mãe.
Agora vá, cuide do seu umbigo mas evite que ele cuide de si, e para o entreter arranje-lhe um parceiro. Lembra-se daquele spot publicitário dos dois frasquinhos de perfume, o côncavo e o convexo? …é isso aí …delicioso .
... E assim fiz a viagem dos “pecados” do (meu) umbigo até ao “céu” da (minha) boca .
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